Quando o carro é “reprovado” na vistoria cautelar ou Certicar®, significa que foram encontradas inconformidades. O laudo não tem efeito de reprovação, mas serve para indicar irregularidades que podem afetar o valor, a originalidade ou a estrutura do veículo.
O carro “reprovado” na vistoria cautelar ou Certicar® pode gerar dúvidas, mas entenda que esses tipos de vistoria não têm caráter de reprovação.
Elas têm como objetivo assegurar a procedência do veículo e trazer mais transparência às negociações.
As vistorias avaliam diversos pontos de identificação, verificam a integridade estrutural e analisam o histórico do automóvel, indicando qualquer inconformidade que possa comprometer a originalidade ou dificultar a revenda.
Portanto, o que ocorre, na verdade, é o apontamento dessas irregularidades, que resultam em um laudo não conforme.
Algumas observações são simples e podem ser resolvidas rapidamente, antes ou após a venda. Outras, no entanto, exigem atenção redobrada e podem demandar reparos mais significativos.
Neste artigo, você vai entender o que significa quando um carro é “reprovado”, quais são os principais tipos de apontamento e o que fazer em cada caso, seja um problema documental, estrutural ou relacionado a histórico de leilão ou sinistro.
Você também vai aprender como funcionam os prazos para regularização, quais correções são possíveis e quando uma nova vistoria pode ser solicitada.
O que significa receber um laudo de carro “reprovado” na vistoria cautelar ou Certicar®?
Quando um carro recebe um laudo não conforme após uma vistoria cautelar ou Certicar®, isso indica que foram encontradas inconformidades relevantes durante a análise.
Esses apontamentos não funcionam como uma “reprovação” oficial, já que a vistoria não tem esse caráter.
O que acontece é o registro técnico de informações que podem influenciar a negociação ou sinalizar riscos ocultos para quem está comprando ou vendendo o veículo.
Na prática, o laudo informa que o carro apresenta condições diferentes daquelas esperadas para um veículo com estrutura original e histórico limpo.
Isso pode incluir, por exemplo, alterações nos pontos de identificação, reparos estruturais, passagem por leilão, restrições judiciais ou administrativas, entre outros.
O objetivo é oferecer transparência e permitir que as partes envolvidas na negociação saibam exatamente o que está sendo comercializado.
Assim, o comprador pode tomar uma decisão mais consciente e o vendedor pode buscar a regularização, se possível, antes de seguir com a venda.
É importante lembrar que o laudo não tem validade legal e não impede a circulação ou venda do veículo.
No entanto, ele serve como uma ferramenta técnica para assegurar a procedência e evitar prejuízos futuros, como dificuldades na transferência ou perda de valor de mercado.
Ao receber um laudo “reprovado”, o ideal é entender cada apontamento e, sempre que viável, buscar a correção com uma empresa qualificada e regularizar a situação nos órgãos competentes, se necessário.
Quais são os principais apontamentos de um carro reprovado na vistoria?
Os apontamentos registrados em um laudo não conforme variam de acordo com o tipo de vistoria (cautelar ou Certicar®). Contudo, é importante ressaltar que não existe diferença entre o status final das vistorias.
Esses apontamentos podem ser de natureza documental, estrutural ou relacionados à originalidade dos componentes.
Vale destacar que o laudo Certicar® é ainda mais minucioso que o cautelar. Por isso, costuma apontar um número maior de itens, já que são mais de 210 analisados, o que oferece uma análise mais profunda do veículo.
Esses apontamentos não devem ser encarados como um fim da negociação, mas sim como alertas técnicos que ajudam a evitar surpresas.
Ao compreender os motivos do laudo não conforme, o proprietário pode avaliar a viabilidade de resolver as questões e seguir com o processo de venda de forma mais segura e justa.
Veja quais são os itens que podem ser apontados no laudo de um carro “reprovado”, e o que deve ser feito para arrumar o problema.
Divergências nos números de identificação
Quando um veículo é avaliado e o laudo aponta divergências nos números de identificação, isso geralmente indica que há inconformidades nos registros ou sinais de adulteração que afetam diretamente a originalidade e a regularidade do veículo.
Esses tipos de apontamentos costumam causar impacto direto na decisão de compra e venda de um veículo. Apesar da vistoria não reprovar o veículo, informa de maneira técnica e imparcial os pontos que merecem atenção.
Veja quais os principais apontamentos e como corrigi-los.
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Remarcação de chassi
A remarcação do chassi pode ser feita de forma regular, com autorização e registro no Detran, mas mesmo nesses casos, esse tipo de modificação interfere na originalidade do veículo.
Na vistoria cautelar e Certicar®, o chassi remarcado é apontado como uma inconformidade, porque impacta na originalidade do veículo.
O que fazer:
Se a remarcação for regularizada e constar no documento, o proprietário não precisa refazer o processo.
No entanto, é importante manter todos os comprovantes da remarcação oficial e, caso a alteração não esteja regularizada, é preciso procurar o Detran para solicitar a legalização e emissão de novo documento.
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Adulteração ou supressão dos números do motor
Outro ponto é quando o número do motor está raspado, ilegível, suprimido ou adulterado, o que pode indicar tentativa de ocultar a origem do motor ou substituição sem registro legal.
O que fazer:
Será necessário apresentar nota fiscal da peça substituída, caso tenha, assim como a documentação do carro e o comprovante da compra, e levar o veículo ao Detran para comunicar a situação e seguir as orientações.
Nessa situação, o comprador deve buscar auxílio jurídico para avaliar possíveis medidas. Isso porque motores adulterados, com numeração sem procedência ou provenientes de furto não são passíveis de regularização.
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Substituição de peças com identificação apagada
Componentes com etiquetas de identificação suprimidas ou danificadas também podem gerar apontamentos. Isso compromete a originalidade, já que impede a verificação completa da procedência de cada item do veículo.
O que fazer:
Em casos assim, o proprietário deve apresentar notas fiscais da substituição das peças e, quando necessário, realizar uma nova vistoria para confirmar que não há sinal de clonagem ou uso de peças ilícitas.
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Placas adulteradas ou trocadas
Placas com sinais de adulteração ou vestígios de troca sem registro podem ser apontadas como não conformes na vistoria cautelar ou Certicar®. Esses sinais são comuns em veículos clonados ou com histórico de roubo.
O que fazer:
Se houver suspeita de clonagem ou irregularidade na placa, o proprietário deve registrar um Boletim de Ocorrência (BO) em uma delegacia, informando que o veículo pode ter sido clonado.
Depois, deve solicitar a abertura de um processo de averiguação no Detran do estado, que poderá emitir uma nova placa com nova numeração, após comprovação da clonagem.
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Falsificação de documentos
Durante a vistoria, pode-se detectar incompatibilidade entre os dados do veículo e as informações do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo). Isso pode ocorrer por erro ou até tentativa de fraude.
O que fazer:
Se for constatado erro de digitação ou desatualização, é possível corrigir no Detran apresentando os documentos corretos. Mas, caso haja suspeita de fraude, o proprietário do veículo deve abrir um B.O. e, somente depois, informar ao Detran.
Cadastro e pesquisa do histórico do veículo
Além da análise física dos componentes e da estrutura, a vistoria cautelar e a Certicar® também fazem um levantamento completo do histórico do veículo.
Isso é feito com base em dados de seguradoras, fabricantes de carros e órgãos de trânsito, por meio de empresas parceiras que realizam essas pesquisas.
Qualquer inconsistência ou restrição encontrada é registrada no laudo para orientar o comprador e o vendedor durante a negociação.
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Passagem por leilão
Veículos que já passaram por leilão, seja por financiamento não quitado, como parte de um processo de recuperação judicial ou recuperação de roubo, têm esse histórico registrado no laudo.
Mesmo que o carro esteja regularizado, esse registro deve ser informado, para trazer o máximo de transparência na negociação.
O que fazer:
A passagem por um leilão não é um problema, apenas uma informação que deve ser registrada. É possível esclarecer a origem com documentação que comprove a regularização do veículo após o leilão (nota de arrematação, novo CRLV etc.).
Também é importante garantir que todas as outras condições estejam em conformidade.
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Histórico de sinistro ou perda total
Carros que foram declarados com perda total ou que tiveram sinistros graves registrados, apresentam risco estrutural e perda de valor de mercado. Mesmo quando consertados, esses veículos têm menor liquidez.
O que fazer:
Caso o sinistro não conste no documento oficial, mas tenha sido apontado na vistoria, o vendedor deve apresentar laudos de reparo e justificar a ausência de registro.
No entanto, se o sinistro está documentado, o ideal é negociar com transparência e ajustar o valor de venda de forma justa.
Em caso de perda total, seja por causa de acidentes graves ou má conservação, o comprador não deve seguir adiante com a compra, porque o carro está inapto à circulação. O veículo deve ser baixado no Detran e destiná-lo para o desmanche.
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Recall não realizado
Modelos com convocações de recall pendentes também aparecem no laudo, porque representam riscos de falha técnica ou de segurança.
O que fazer:
Procure a concessionária da marca do veículo para realizar o recall gratuitamente. Após o procedimento, é possível solicitar um novo laudo para constatar que o apontamento foi resolvido.
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Restrições administrativas ou judiciais
Restrições como bloqueio judicial, não regularizado impedem a transferência do veículo e ficam registradas no laudo.
O que fazer:
É necessário verificar a origem da restrição. Para débitos, a quitação e a atualização no Detran resolvem.
Já em casos judiciais ou administrativos, será preciso aguardar a liberação do órgão responsável (como o Renajud, em caso de processos judiciais).
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Divergência de dados cadastrais
Se o número de eixos, tipo de combustível, cor ou outras informações do documento não corresponderem ao que é verificado fisicamente no veículo, isso é apontado como inconsistência de dados.
O que fazer:
Atualizações podem ser feitas no Detran mediante vistoria, preenchimento de formulário específico e pagamento de taxa.
Essas divergências normalmente são resolvidas com mais facilidade do que restrições mais graves.
Alterações estruturais
A estrutura do veículo funciona como sua “coluna vertebral”, portanto, é a base sobre a qual tudo está apoiado.
Danos ou alterações nessa estrutura podem comprometer o alinhamento, a dirigibilidade, a durabilidade e, em casos mais graves, a segurança em colisões.
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Reparos em longarinas, colunas, teto e assoalho
Essas partes fazem parte da estrutura principal do veículo. Quando há sinais de que sofreram cortes, soldas ou substituições, isso é registrado no laudo como não conforme.
Longarinas, por exemplo, são componentes que absorvem impactos. Danos ou reparos mal executados podem indicar colisões graves ou comprometer a geometria do carro.
Colunas, teto e assoalho também não podem apresentar emendas ou deformações visíveis, já que são essenciais para integridade e segurança do veículo.
O que fazer:
Dependendo do dano, pode não haver solução definitiva. Mesmo que o reparo tenha sido bem executado, o histórico de intervenção nessas áreas compromete a integridade estrutural do veículo.
Em casos menos graves, o vendedor pode apresentar laudos técnicos e notas fiscais dos reparos, mas o apontamento permanecerá no histórico.
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Análise da pintura
Diferença de cor, espessura de massa, retoques excessivos e repintura completa em áreas não comuns (como teto ou colunas) também são analisados.
Pinturas mal executadas podem indicar reparos encobertos, desgaste acelerado da lataria ou até tentativa de disfarçar danos estruturais.
O que fazer:
Dependendo do caso, é possível fazer uma nova repintura com padrão original, mas isso não reverte apontamentos estruturais.
Se o carro passou por repintura apenas estética, isso deve ser informado ao comprador com laudo de vistoria que comprove a ausência de reparos na estrutura.
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Danos estruturais irreparáveis
Em alguns casos, o carro sofreu impactos tão sérios que, mesmo com reparos, sua estrutura foi comprometida de forma permanente.
Nessas situações, o veículo pode até circular, mas terá forte desvalorização de mercado e será mais difícil de revender.
O que fazer:
Infelizmente, danos irreversíveis na estrutura não têm solução completa. A recomendação é negociar o veículo com total transparência e ajustar o valor de venda para refletir sua real condição.
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Funcionamento de itens acessórios
A vistoria Certicar® avalia mais de 210 itens do veículo, indo além da estrutura e da documentação.
Entre esses pontos estão os acessórios e funcionalidades internas, que ajudam a compor uma visão mais precisa sobre o estado geral do carro.
Embora esses elementos não afetem diretamente a legalidade do veículo, eles influenciam seu valor de mercado e a experiência do comprador.
Os apontamentos podem ser feitos no laudo, contudo, não alteram o status da vistoria para “reprovado”.
Presença de itens essenciais ou de segurança
Na vistoria Certicar®, é feita uma análise minuciosa dos itens essenciais de segurança e de uso obrigatório, conforme previsto na legislação de trânsito.
A ausência ou o mau funcionamento desses componentes pode ser registrado no laudo como um apontamento importante, ainda que não seja impeditivo legal para a venda, pode influenciar diretamente a decisão do comprador.
Esse tipo de verificação é um dos diferenciais da vistoria Certicar®, que busca oferecer o maior nível de transparência possível sobre as condições do veículo.
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Estepe, macaco, triângulo e chave de roda
Esses itens fazem parte do kit obrigatório para emergências e precisam estar presentes, em bom estado e no local correto. Na Certicar®, a ausência ou estado precário dessas peças é registrada com fotos.
O que fazer:
A substituição desses itens é simples e de baixo custo. Em geral, o proprietário pode adquirir um novo kit completo e, se desejar, refazer a vistoria para obter um novo laudo mais favorável.
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Limpadores de parabrisa e buzina
Mesmo sendo componentes simples, são fundamentais para a segurança. A Certicar® testa o acionamento dos limpadores e o funcionamento da buzina.
O que fazer:
Em caso de falha, o proprietário pode substituir as palhetas ou revisar o sistema do motor do limpador. A buzina pode ser substituída ou ajustada por um eletricista automotivo.
O que fazer após um laudo não conforme?
Descobrir que o veículo teve apontamentos na vistoria cautelar ou Certicar® não significa que a venda está perdida ou que o carro não tem valor.
Na verdade, essas vistorias foram desenvolvidas justamente para oferecer transparência ao processo de compra e venda, protegendo tanto quem vende quanto quem compra.
O laudo não conforme é um alerta técnico, que mostra os pontos que merecem atenção antes da negociação ser concluída.
Em muitos casos, os apontamentos podem ser resolvidos com reparos simples ou ajustes nos documentos.
Já em situações mais complexas, como alterações estruturais, ele permite que o comprador tome uma decisão consciente e o vendedor atue com mais responsabilidade.
O ideal é que, após entender os apontamentos, o proprietário consulte um profissional de confiança para avaliar os custos e a viabilidade das correções.
Depois disso, pode agendar uma nova vistoria para atualizar o laudo com as informações corrigidas.
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